Água de Colônia
Não sei quanto:
você pode se segurar
eu posso me adiantar
você pode me querer
eu posso te conhecer
Não sei quando:
você pode me errar
eu posso te esperar
você pode me rever
eu posso te retorcer
Não sei como:
você pode se caber
eu posso me virar
você pode me inspirar
eu posso te escrever
Eu nada sei.
Mas que a ignorância me basta,
enquanto a fragância se espalha.
passado, pelas 14:47
1 comentários

Uma mordidinha não dói
Quando olho pra você
tenho essa louca vontade
de, ao pé do ouvido, lhe dizer:
DUVIDO
que você seja de verdade
BATE
pra ver se eu acredito
Mas você não bateria
numa mosca
Então, eu grito
mas minha voz
é rouca
Quem sabe, um dia
nossos olhos se achem
e se dilatem as pupilas
os vasos
os astros
Quem sabe, um dia
eu não caibo
na sua mala
E daí, eu digo:
me embala
E daí, eu viro
papel
E depois, instigo:
você morde com casca
ou só com mel?
passado, pelas 08:40
1 comentários

to por essa
to por essa
nego.
to nessa de querer
entender
qual é a tua.
to por essa
nego.
to nessa de querer
conhecer
teu chamego.
to por esse
estalo de dedo.
to por essa
gota de veneno.
to por esse
saldo.
to por esssa
proa.
pra querer
ser
tua.
passado, pelas 09:29
0 comentários

las hay, parte 1se render um poema, a troca é justa.se virar música, ela me buscaem quatro cantos.se for novela, direitos dela- só meus quando for refeita.se virar quadro, é do diaboe da parte de ódio que te carrega.se virar moda esse teu olhoe virar roupa o seu desenho,te reproduzo.se for exposta em galeria eume desmancho, acaba minha fé.se render louça, mas for opaca,é pro meu lado.só que eu não quero do meu lado.por favor, senhora, vá de retro.
passado, pelas 22:04
1 comentários

Eu vou acolá
Eu vou ali, chefia
Terminar um frila
Tratar uma alergia
Cobrar a mais-valia
Eu vou ali, mamãe
Eu vou ali, papai
O prato que não se põe
é o que se quebra jamais
Eu vou ali, amor
Aplacar o meu calor
Porque esperar é terror
pra qual não há credor
Eu vou ali, amigo
Seguir o instinto
Perseguir o lírico
Dirimir o infinito
passado, pelas 09:48
2 comentários

pede minha pedra?
eu pedirei.
é sua.
pede minha mão?
a sua?
é sua.
pede para ficar aqui?, eu digo suma. mal posso me esconder, a casa
é sua.
passado, pelas 01:35
0 comentários

verseau ou faux pas
vem que molha, vem que chora, vem cascata abaixo,
eu me levanto.
vem que corta o jato, vem como quem jorra,
eu me reconstruo como carga em oferenda.
vem o Rio, vem o mar, eu nado contra
tudo que é nada, que é todo:
eu me levanto.
construo dentro dessa carcaça um aquário
e vivo feliz fora dele.
passado, pelas 01:30
0 comentários
