28.11.05

Os tagarelas



As CPIs entram na entressafra dos shows de realidade. Os políticos, como os anônimos, dão a cara à câmera (e a bunda à câmara) por quinze semanas de fama. E se o assunto não é o mensalão, é a mãe que pegou o namorado da filha, o casado que matou a mulher do amante, o traficante que fechou o comércio por mais de semana. Com tanta merda, algumas pessoas foram e nunca mais voltaram. O que mais pipoca no Rio, depois de bala, é rádio e tevê evangélica. A gente perdoa porque galã também morre de tiro na Grécia. Aliás, de uns tempos pra cá, este lance de morrer ficou bem relativo. Às seis, a mulher desce antes do corpo esfriar, de índia do olho azul mesmo. Às sete, o além quase foi poupado, mas o morto voltou antes tarde do que nunca para sacanear a megera. Às oito, o homem não foi de todo e fica por aqui, soprando papéis, batendo janelas e mexendo com bichos. E por falar em bichos, alguém lembra dos ursinhos carinhosos? Será que eles poderiam viver embaixo d?água como o bob esponja? Amizades à parte, negócios são negócios e hoje é mais negócio ser gay ou espírita que evangélico (não que as qualidades sejam excludentes). Há, contudo, uma pérola entre os porcos. Sim, tudo é bumerangue.



Amargamente.

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11.11.05
















sorriso da criança
postura de resistência
acumulação,
(re)construção sócio-cultural
os inquietos agradecem...

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