O diamante versus a porcelana
Sinto muito ser eu a lhe dizer:
O que talha o ser diamante
Não está no seu duro entender
Fuligem é o estado da mente
Jamais carvão.
Fluidez eu tenho a lhe oferecer:
O eco que faz ilha o instante
São asas quando existe o querer
Barragem se o verbo é implante
Não mais ação.
Palavra é só o que respinga
A água que inunda a boca
contém a saliva
A boca que modela o beijo
também é língua
A roda que move o desejo
não é cíclica.
Nem só porcelana é que racha
É faxina que não cessa em vida
Juntar meteoritos de confiança.
Nem só a vista é que flagra
É posologia que não termina
Juntar indícios de ignorância.
passado, pelas 11:12
0 comentários