19.1.10

dos que me restam, só trago mais um

já pela manhã me ulceras:
ruges como fera em janeiro,
cravas unhas no vão entre meus lados.

adiro tuas placas em meu peito,
me voltas como animal sem freio
em explosão
em raias repletas de alvéolo,

(tua tez, papel-carbono, fábula derretida
do pequeno príncipe que virou dragão.
não cospe fogo, mas lhe roça a garganta).

amarro as mãos às costas,
me tentas pois tu gostas é de
me ver em dor.

fundas de pedra meu decoro,
tratas com escracho meu escarro,
faz-te tudo que aspiro.

repito que um dia te largo
mas envolvo-me em teus cachos defumados
quando oferece um sopro amigo.

passado, pelas 19:41

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