Eu não tenho nem trinta
E já me sinto tão cansada
Tão precocemente desiludida
Que reluto em sacar a espada
Pra uma guerra vencida
É também o que acontece fora
Eloá, Gabeira, Santa Catarina
Esse eterno-puto-agora
É por certo o que acontece em volta
a gente-rasteira, o trabalho-indigno, a indústria-escola
Deus, eu sinto
E não deixa de ser
O que acontece dentro
Essa ansiedade de enlouquecer
Como se pra mais nada desse tempo
Eu não tenho nem trinta
E sinto essa porra de dor no peito
Sintomatizando toda a sina
Anunciando pragas no campo de centeio
Fosse eu menos ecológica e mais imperialista
Botava fogo em toda a plantação
Aproveitava pra acender um cigarrão
E assistia orgulhosa o aborto da colheita daninha.
passado, pelas 21:04
1 Comments:
Just perfect.
Postar um comentário
<< Home