17.7.07

Trinco.


Eu volto sem ir

Eu vou sem olhar pra trás
Eu olho pra trás e fico ali
Ao gosto da maresia e sem cais

Tendo ânsia

Por causa de um profundo desgosto
Mesmo em face de um profundo gozo
De outrora

De um tempo de alianças

Passado
a limpo
Aos papéis
do divórcio

do super-ego com o zero

Os anéis
e seus trincos
não cabem mais
Não significam mais
Restando só o símbolo

do findo

A fundo, o raso

O despeito aos acasos
O respeito aos incautos
Os náuticos de um mar de lágrimas

Cujo vocabulário dispensa as aspas

Cuja vida é uma eterna partida às terras não-vistas



passado, pelas 16:46

2 Comments:

At julho 19, 2007 12:14 AM, Blogger tresporquatro disse...

Criatura, gosto bem muito dessas coisas que escreve. E com tantos entre nós que escrevem, acho que tá faltando um bom sarau!!! Beijocas, Thiago.

 
At julho 20, 2007 12:30 PM, Anonymous Anônimo disse...

super-ego, o super herói do inconsciente, luta contra seu terrível inimigo id em mais um episódio egóico e inédito.

 

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