Eu volto sem ir
Eu vou sem olhar pra trás
Eu olho pra trás e fico ali
Ao gosto da maresia e sem cais
Tendo ânsia
Por causa de um profundo desgosto
Mesmo em face de um profundo gozo
De outrora
De um tempo de alianças
Passado
a limpo
Aos papéis
do divórcio
do super-ego com o zero
Os anéis
e seus trincos
não cabem mais
Não significam mais
Restando só o símbolo
do findo
A fundo, o raso
O despeito aos acasos
O respeito aos incautos
Os náuticos de um mar de lágrimas
Cujo vocabulário dispensa as aspas
Cuja vida é uma eterna partida às terras não-vistas
passado, pelas 16:46
2 Comments:
Criatura, gosto bem muito dessas coisas que escreve. E com tantos entre nós que escrevem, acho que tá faltando um bom sarau!!! Beijocas, Thiago.
super-ego, o super herói do inconsciente, luta contra seu terrível inimigo id em mais um episódio egóico e inédito.
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