30.11.06

um dia de cão (ou eu piro, logo existo)


COMEÇOU COM UMA COÇEIRA

na ponta redonda da orelha

a orelha quente

quente

FERVENDO

seria alergia?

seria fofoca?

AQUELA PORCA ENTORTA

os pensamentos e os sentimentos

sem alegria

com juros

EU JURO QUE NÃO MINTO

que lido sem ter lido

sem sentido

sem a poesia

a alegoria do que não foi

não foi, voltou

volta sempre

E PASSA A SER UMA DOR DE DENTE

o louco é rouco

de tanta gritaria

grito abafado

o bafo é dos bons

UMA MANCHETE, MEIOS TONS

o jornal embrulha

o jorro do estômago embrulhado

o lixo entulha

o cheiro é de ralo

E RALOS SÃO OS INSPIROS DE PACIÊNCIA

que restam

que secam

no prato sujo em cima da pia

espia

a água infinda

a vida corrente

E ENFIA UM PUNHAL

na tolerância

na ciência

na religião

pelo sim e pelo não

DESTE PRANTO DESCOMUNAL

tão comum

e tão um.

passado, pelas 15:53

2 Comments:

At dezembro 05, 2006 10:45 PM, Anonymous Anônimo disse...

oi... passo pra deixar meu beijo. ;-)

 
At dezembro 10, 2006 2:16 PM, Blogger loki, disse...

sei da deselegância de pressionar por mais. MAS.. interpretem como coisa de fã.

abração.

 

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