são ainda aquelas tantas
que se debatem dentro de mim
a uma falta o salto alto
e vai:
inscrevendo sua miudez
em todo canto do corpo
ela assim
reclama do rosto no espelho
e tenta romancear o feio contrato
do aceitar-nunca-ser
outra
faz que nada sabe
pra descansar
dos mil-olhos inventados:
em cada seu não
virá viver
uma menina tão mais distraída
que tanto faz a saia
ou a memória
de ser filha
a que menos me visita
é como um transe
um gozo
recorta o fino silêncio
em poucas palavras-máculas
traz a calma
de uma lição antiga:
ela amarra
o chão aos pés
mas me faz alada
pra levar essa e toda terra
entre os dedos, comigo.
passado, pelas 00:10
7 Comments:
suas mais lindas e loucas mulherúnculas. Amo todas, umas mais e outras menos.
e as metáforas
soltas
agradecem...
Vitor
Vem cá!
Te conheço?
Algo me diz que sim.
Osidius, aquele.
Mesmo sob alguns protestos feministas, defronto-me uma vez mais com uma sabida verdade: uma mulher escrevendo distingue-se definitivamente do macho escriba. Sobretudo quando, ao escrever, ela desvela sua condição poeticamente, despida daquela dose de razão e dogma que entorpece a alma. "Íntima" é um poema de três faces: a da angústia, a da calma e a do prazer. Há, entanto, uma unidade que decide e fascina: a de ser mulher.
Depois do comentário acima, fica difícil falar mais...
Mas, carol, cá entre nós... a poesia está em você. Como um ciso.
Poxa...
Excelente esse texto.
[muito bom mesmo...]
Me habitam tantas... q nem saberia dizer quais são.
Acho q o texto é seu né Carol?!
Angélica
li, reli, e de novo.
e cada vez lindo.
Reli. Parece que esta mais lindo. Escreva, escreva, escreva. Cara forte.
Sem amargura.
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